quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aprovado Projeto de Lei contra PEDOFILIA



Câmara aprova projeto contra pedofilia na web

Terça, 11 de novembro de 2008, 17h48 Atualizada às 20h07

Marina Mello
Direto de Brasília

A Câmara dos Deputados aprovou nesta tarde o projeto de lei de autoria do Senado sobre crimes de pedofilia na Internet. O texto, que visa a suprir as lacunas nas leis existentes para punir quem pratica esse tipo de crime no meio virtual, passa a criminalizar quem armazena material pedófilo, o que não era previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O réu poderá ser condenado de 1 a 4 anos de prisão. A proposta segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), comemorou a aprovação do projeto. "Esperamos que isso contribua para diminuir a criminalidade contra as crianças no nosso País", afirmou.

Antes da aprovação do projeto de lei, o ECA previa pena de 2 a 6 anos de prisão para quem produzisse conteúdo pedófilo. Agora a pena será de 4 a 8 anos.

A grande novidade nessa tipificação é o aumento da pena de 1/3 se o agente comete o crime prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou hospitalidade; de qualquer parentesco até o terceiro grau; ou de autoridade, a qualquer título, sobre a criança; ou ainda com o seu consentimento.

O crime de venda de material contendo pedofilia também teve a pena aumentada de 2 a 6 anos para de 4 a 8 anos. A penalização para quem troca esse tipo de conteúdo passou de 2 a 6 anos para de 3 a 6 anos de prisão.

Aliciamento na web
Outra novidade do projeto de lei aprovado pela Câmara é a tipificação para o aliciamento de crianças e adolescentes por meio de salas de bate-papo. Segundo as autoridades, a prática é bastante comum e considerada a mais perigosa, pois por meio dela o pedófilo têm condições de marcar encontros com as crianças.

Essa prática não era considerada crime porque o ECA foi criado em 1990. Somente depois disso a Internet ganhou espaço e as salas de bate-papo se tornaram cada vez mais comuns.

"O aliciamento em chats é a mais perigosa de todas as formas de pedofilia porque o pedófilo está em contato direto com a criança", disse o delegado da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal, Stênio Santos.

O diretor de tecnologia da associação SaferNet, Tiago Vaz, ressalta que esta prática é bem mais comum do que se imagina. "Quando entramos em salas de bate-papo de criança é a coisa mais comum encontrar esse tipo de aliciamento", afrimou.

Comunicação de abusos
O projeto de lei também prevê a comunicação de abusos feita de forma direta para a Polícia Federal e para o Ministério Público. Quando um usuário detectava indícios de pornografia infantil em algum site, ele comunicava o abuso diretamente ao provedor. Agora, o aviso do usuário chegará diretamente às autoridades, dando mais agilidade ao processo.

Além disso, a proposta estabelece que, quando as autoridades entrarem em contato com determinado provedor comunicando o abuso, o provedor terá que encerrar o acesso do usuário suspeito ao site e armanezar os dados para que a polícia tenha como encontrá-lo.

"Uma vez comunicado, o provedor deve desabilitar o acesso e preservar as provas para colaborar com as investigações", explica o delegado da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Carlos Sobral, que trabalha junto à CPI da Pedofilia do Senado.

Com informações da Agência Câmara

fonte. Redação Terra

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